Part. 3

"Consciência"

Já escalei montanhas mais altas do que a minha idade permitia, eu sempre gostei de montanhas mais altas, desafios antigos me preparam para enfrentar os caminhos que eu já passei. Eu sou inseparável de minha mochila de viagens, nela eu carrego os meus sonhos, os meus planos, os meus projetos, as minhas falhas e como elas pesavam, mas eu subtitui as falhas pela experiência. Uma vez eu tentei larga-la no meio do caminho, mas eu entendi que existem certos pesos que são indispensáveis numa caminhada. Então eu voltei.
No longo caminho até o alto da montanha eu cai em um buraco, foi difícil levantar depois da queda, mas daquele momento em diante eu sabia que nunca mais atolaria em buraco algum.
Eu aprendi que o buraco mais fundo de sair é o pré-amor (ou, aquilo que pensamos ser amor mas não é), hoje é o dia dos namorados. Eu já tive muitas paixões, hoje eu tenho apenas um amor. Você me veio como um sonho bom. Eu não citei essa parte de mim, é dificil falar de amor e principalmente de como se ama ou quem se ama. Mas a vida é a incerteza, é a falta de monotonia.
O amor também é a falta de motonia. Vou mesmo falar sobre ele.. é o único utensílio que levo na mochila e não sei manusear, mentira! Ele é tão complicado quanto a confiança em mim mesmo que eu carrego.
Cheguei ao topo da montanha é fim de tarde e eu descansarei, estou exausto com a caminhada. Há uma placa com o nome dessa montanha, ela se chama consciência. Preciso não fazer nada agora, breve eu escalarei outra montanha, os desafios de lá serão diferentes. Aqui eu enfrento o frio, lá eu enfrentarei o calor.